Sunday, January 25, 2009

Funk do Grilo

"Extraho vestri parum crur, vado, extraho vestri parum crur quod operor "cri cri", mulier of lacertosus cruris" (a ser interpretado em canto gregoriano)


Que, para os não versados no latim, vem a ser:

"ARRASTA A PERNINHA, VAI, A A ARRASTA A PERNINA E FAIX CRI CRI, POTRANCA"

Ou:

"Drag your little leg, go, drag your little leg and do the 'cri cri', muscular legged woman"


*

Como ajustei minha vida social no Purgatório é doravante meu blog para desenhos & textos do livro em vias de publicação - o "Como ajustei minha vida social no Purgatório".

Uma maldição abater-se-á sobre aquelas almas derrelitas que o não lerem, transformando todas as fontes do seu Word em webdings.
Eternamente.

Wednesday, January 21, 2009

Adendo

Essa concentração na reação do leitor/escritor (ver post anterior) não deve ser confundida com putaria pós-estruturalista; não é um "relativismo" [ou "desculpa individualista emprestada de uma interpretação de boteco da Teoria da Relatividade"], não tem nada a ver com o fetiche pós-moderno pelo "self", que é culturalmente determinístico em oposição ao universalismo estruturalista. Qualquer "self", universal ou particular, é ainda um objeto focalizável, é ainda auto-consciência; parte do lixo a ser lavado. Essas "reações que importam" - a "não-punheta" - não devem ser focalizadas, como foi dito, e portanto não podem ser classificadas como universais ou particulares, tampouco como não-universais ou não-particulares; não devem ser classificadas at all, linguisticamente, embora possam ser expressas , linguisticamente, quando livres de auto-consciência. Mesmo indiretamente: o próprio ato negativo de identificar a auto-consciência numa reação pode insinuar aquilo que seria uma "reação que importa", uma não-punheta, trazendo-a de volta à memória, residualmente; assim a postura negativa do faxineiro é ironicamente mais positiva que o esforço crítico positivo do estruturalista, pós-estruturalista/descontrucionista ou new-critic. Uma postura negativamente positiva. Seja um faxineiro, não um hermeneuta, broder - muito menos um hermeneuta pós-estruturalista.

Monday, January 19, 2009

Onã e o New Criticism

O texto abaixo, tal como o resto deste espaço para anotações, não pretende ser publicamente inteligível:

Eu não esposaria nenhuma escola de crítica, por não ter interesse em encontrar caráter universal numa obra, nem por outro lado em expressar como uma obra me afeta pessoalmente. O trabalho analítico a que ainda me vejo obrigado, como leitor ou como escritor, consiste apenas em distinguir o que é lixo, limpando a área para que o resto possa andar sozinho. É um esforço negativo, mostrar o que não é o objeto; enquanto o esforço do crítico é positivo, monstrando - supostamente - o que é o objeto. O problema é que a luz só ilumina o que reflete luz; o resto passa despercebido. Na melhor das hipóteses, incorre-se na circularidade Interpretando o Poeta Poeticamente, fazendo necessário um terceiro crítico, o crítico do crítico, e assim ao infinito, como no argumento aristotélico. A imagem cativa, mas não haveria como remunerar todos eles. Tem também os meios termos. Aí no fim, crítica é a boa e velha coqueteria; essa coisa de empregadas, personificações mesmas do Razão. Mas o assunto é para outra hora. Só vou fazer um comentário sobre o New Criticism. Eu já reparado - e examinado - por conta própria o que soube esses dias ser idéia de dois outros broders, William Winsatt e Monroe Beardsley: a Falácia intencional e a Falácia afetiva (essa última bem bagaceira até). Respectivamente, a idéia de que as intenções do escritor não importam, e a idéia de que a reação do leitor não importa; por eliminação, só o texto importa. Imagino ser consenso agora que para um crítico isso não funciona. Assino embaixo por achar que para um crítico nada funciona - segue vacuamente, como se diz em lógica. Já do ponto de vista do leitor e do artista, concordo com a primeira falácia: as intenções positivas do escritor são em grande parte irrelevantes para o escritor e para o leitor; só as negativas têm alguma influência na obra, sufocando-a ou não. [Adendo: na categoria Positivo incluo também formas indiretas, como as negativamente positivas, para ser um pouco bicha pedante; aliás o negativamente positivo é o único positivo que consigo conceber]. Mas o texto também não importa, e é por isso que na presidência de um país vemos um homem e não um livro. Compro essa do distanciamento do autor, mas não é ao texto que é preciso se submeter e sacrificar a individualidade, e sim à sua própria humanidade - o que restou dela. O que importa, enfim, é a reação, do leitor ou do escritor, e aqui estou negando a segunda falácia, mas em parte. Só algumas reações/afetividades importam. O problema está em determinar quais reações importam; discernir entre punhetas intensas e trepas reais. Quando aplicada aos seus correspondentes artísticos, a distinção é não só difícil, como agora impossível para a maioria dos casos. Somos predominantemente punheta. Punheta intensa nos é acessível a toda hora, em todas as partes, mas intensa ou pau-molística, uma punheta é só uma punheta*; esse novo passo na evolução humana, o homo punheticus, precisa voltar a se concentrar ao máximo em suas próprias reações, como um último recurso desesperado para divisar e preservar aquele resíduo de não-punheta em sua humanidade. A conjunção de uma atitude defensiva ou ofensiva, de um lado, e do outro lado uma disposição submissa, de submeter-se à sua humanidade. You gotta let it grow - even though playing those mind guerrillas.


* Não estou falando só de entretenimento. A definição de "não-humanidade" usada aqui fica para outra ocasião.

Saturday, January 17, 2009

Música para sacrificar sua namorada ao deus vulcão

http://www.zimsplashradio.com/ - rádio de música africana. Infuncional, parece.

International Library of African Music. Arquivo digital, ordem alfabética (escolha busca por títulos).

Vídeos musicais africanos, por local.


Maja fucking kathatha. Usuthu. Fela fucking Kuti. Música xhosa 1 2.

Inkunzi Emdaka e Madosini (não pouco fuderoso).

Zulu mix (94 videos).

Playlist de alguém com uma alma generosa.